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Brumas
Em todas as direções
Somente brumas
E o sussurrar do vento
Parecem vozes
Mas é apenas o vento
Levando meus segredos.
O murmurar que ouço
São segredos de outrem
Que passam por mim
E que percebo sutilmente.
Os fantasmas das brumas
São meras visões de tempo-espaço
Dobrados sobre si mesmos
Não sei se do Passado ou Futuro.
Já não faz tanta diferença.
E, se o presente aparecer,
Talvez não o reconheça.
Procuro ficar atento
Mas o pensamento torna-se difuso
Diáfano como as brumas
Flutuam languidamente
Ao sabor do vento sutil
E lá se vão meus segredos
Flutuam para o Passado, o Futuro
Para Tempo nenhum.
Somente brumas.
J Carlos Favoretto
19 Novembro 2006
Da serie: Brumas
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domingo, 9 de setembro de 2007
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