Dia 12

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Fui lá xeretar no Lilica, ia deixar um comentário ao seu post, mas achei que um post caberia melhor...

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O seu post começa assim:

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Quer namorar comigo?
Não se pede mais em namoro em São Paulo

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Confiram.

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Talvez estejamos na "Era pós-rejeição" ou na "Era pós-sustos".

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Depois de um ou outro NÃO, bem educado ou não, qualquer um que tenha um pouco de amor próprio, orgulho, timidez ou seja lá o que for que nos encolhe e intimida, emudece.

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"O quero Amor, carinho, afeto, mas não compromissos" virou moda, "o tenho de olhar pelos meus objetivos de vida" também; como se a vida fosse algo muito objetiva e que esperasse enquanto você planeja o que vai fazer com ela nos próximos milênios. Você nem sabe se vai conseguir chegar até a próxima esquina ainda vivo...

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Essa incerteza de sentimentos e a certeza de não tomar um NÃO (ou um pé no traseiro, como queiram) aliado aos "meus ideais (seja lá o que isso significar)", afasta esse comprometimento que é o namoro. Namoro não é propriamente paixão ou amor, nada disso, não se precisa disso para sentir, mas uma resposta, um "eu também te gosto".

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E não é de hoje... Isso já vem acontecendo há algumas décadas.

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Cáspita. Isto está começando a parecer livro de autoajuda... Ecaaaaa.

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Sorte de quem ainda ouve um "quer namorar comigo?"

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