terça-feira, 31 de julho de 2007

Europa desfalcada

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O cineasta italiano Michelangelo Antonioni, um dos grandes mestres do cinema europeu, morreu segunda-feira na sua casa de Roma com 94 anos, disse hoje fonte familiar.

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O realizador faleceu «tranquilamente, na sua poltrona, tendo ao seu lado a mulher, Enrica Fico», referiu a fonte à agência noticiosa italiana Ansa.
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O corpo estará quarta-feira em câmara ardente na Câmara Municipal de Roma, estando o funeral marcado quinta-feira em Ferrara, no norte de Itália, onde o realizador nasceu em 29 de Setembro de 1912.
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«Com Antonioni morre não só um dos maiores realizadores, mas também um mestre da modernidade», declarou hoje o presidente da câmara de Roma, Walter Veltroni, num comunicado.
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Cineasta da incomunicabilidade ou da dificuldade de viver e amar, dirigiu duas dezenas de filmes, entre os quais «Escândalo de Amor» (1950) e «O Grito» (1957), a trilogia constituída por «A Aventura» (1960), «A Noite» (1961) e «O Eclipse» (1962), e ainda «O Grito» (1957), «O Deserto Vermelho» (1964), «Blow-up» (1966), ou «Identificação de uma Mulher» (1982).
Consagrado internacionalmente, ganhou o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 1964, com «O Deserto Vermelho», a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1967 com «Blow-up», o Prémio Especial do Júri de Cannes com «Identificação de uma Mulher» em 1982, um Óscar de Hollywood pelo conjunto da sua carreira em 1955 e também um Leão de Ouro pela carreira em Veneza, em 1997.
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Tinha dificuldade em deslocar-se e em falar devido a um acidente vascular cerebral que sofreu em 1985.
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Diário Digital / Lusa
31-07-2007
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Ingmar Bergman, o consagrado diretor de cinema que revelou desolação e desespero, assim como comédia e esperança em suas inesquecíveis análises da condição humana, morreu na segunda-feira (30) em casa, na ilha de Faro, na costa da Suécia. Ele tinha 89 anos.
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Bergman era considerado por muitos como um dos maiores diretores da história do cinema. Junto com Federico Fellini, Akira Kurosawa e talvez alguns outros, ele dominou o universo da cinematografia séria na maior parte da segunda metade do século 20.
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Ele passou da brincadeira cômica de amantes em "Sorrisos de uma noite de amor", de 1955, à busca por Deus de um viajante cuja morte permanece em seu encalço em "O sétimo selo", de 1957; do retrato angustiante da doença fatal em "Gritos e sussurros", de 1972, para a representação ora cômica, ora aterrorizante, da vida familiar, uma década depois em "Fanny e Alexander".
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Bergman lidava com a dor e o tormento, com o desejo e a religião, com o mal e o amor. Nos filmes de Bergman, "este mundo é um lugar onde a fé é tênue; a comunicação evasiva e o auto-conhecimento ilusório", escreveu o crítico Michiko Kakutani na revista do "New York Times", em um perfil do diretor em 1983. Deus é silencioso ou malévolo; homens e mulheres são criaturas e prisioneiros de seus desejos.
Para muitos cinéfilos e críticos, foi Bergman, mais do que qualquer outro diretor, que levou uma nova seriedade para a produção de cinema na década de 1950. "Bergman foi o primeiro a levar a metafísica – religião, morte, existencialismo – para as telas", declarou Bertrand Tavernier, diretor francês. "Mas o melhor de Bergman é a forma como ele fala das mulheres, do relacionamento entre homens e mulheres. Ele é como um mineiro que escava em busca da pureza."
Ele influenciou muitos outros diretores, inclusive Woody Allen, que certa vez definiu Bergman como "provavelmente o maior artista do cinema, em todos os sentidos possíveis, desde a invenção da câmera cinematográfica".


Origens
Ernst Ingmar Bergman nasceu em 14 de julho de 1918, na cidade universitária de Uppsala, na Suécia. Seu pai, Erik, um pastor luterano que mais tarde se tornou capelão da família real sueca, acreditava da disciplina rígida, que incluía surrar e prender os filhos nos armários.

Sua mãe, Karin, era temperamental e imprevisível. "Eu era apaixonado por minha mãe", declarou ele em uma entrevista para o "Times" em 1995. "Ela era uma mulher muito afetuosa e muito fria. Quando ela era afetuosa, eu tentava me aproximar dela. Mas às vezes ela era muito fria e me desprezava".
O jovem Bergman acompanhava o pai nas sucessões de pregações em pequenas igrejas próximas a Estocolmo. Suas primeiras memórias, disse ele certa vez, foram de luz e morte. "Lembro como a luz do sol refletia na beira da louça quando eu comia espinafre e, movendo o prato de um lado para o outro, eu conseguia formar figuras diferentes com a luz", contou ele.

Ele acrescentou: "E também me lembro de ser obrigado a sentar na igreja, escutando um sermão extremamente entediante, mas a igreja era linda e eu adorava a música e a luz que irradiava pelas janelas. Eu me sentava no sótão perto do órgão, e quando havia funerais, eu tinha essa tomada de cena ampla maravilhosa de todos os procedimentos, com o caixão e as cortinas pretas, e depois no cemitério, observando o caixão descer na cova. Eu não ficava assustado com essas imagens. Ficava fascinado".

Aos 9 anos, ele trocou uma coleção de soldados de chumbo por uma lanterna mágica usada, uma aquisição que mudaria o curso de sua vida. Em um ano, ele havia criado, brincando com seu novo equipamento, um mundo particular no qual se sentia completamente à vontade, ele se recordava. Ele criou seu próprio cenário, com marionetes e efeitos de luz e adaptou peças de Strindberg para produções com bonecos nas quais ele fazia todas as falas.


O início da carreira
Bergman ingressou na Universidade de Estocolmo em 1937, teoricamente para estudar história da literatura, mas na verdade passava a maior parte do tempo trabalhando em teatro amador. Em pouco tempo saiu de casa e abandonou a universidade para seguir carreira no teatro e cinema.

Dividia o tempo entre cinema e teatro a partir do início da década de 1940, quando foi apresentado ao departamento de roteiros da Svensk Filmindustri. Seu primeiro chefe o descreveu como "medíocre, grosseiro e malandro com uma risada proveniente das mais sombrias profundezas do inferno".
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Em sua carreira no teatro, tornou-se diretor do teatro municipal na cidade sueca de Halsingborg, em 1944. Em 1946, mudou-se para Goteborg onde ficou durante quatro anos, depois passou dois anos como produtor convidado em diversas cidades até chegar a Malmo, em 1952, onde se associou ao teatro municipal local.

Nos filmes, ele escrevia e dirigia. Seu nome apareceu pela primeira vez nas telas em 1944 em "A tortura do desejo", com ele como roteirista e Alf Sjoberg, figura marcante do cinema sueco, como diretor. O filme, baseado em uma história que Bergman escreveu sobre seu último e torturante ano na escola, ganhou oito prêmios suecos além do Grande Prêmio de Cannes. Lançou como estrela internacional a protagonista, Mai Zetterling, que interpretava uma balconista amada por um jovem estudante e era perseguida pelo sádico professor do aluno.
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Bergman teve a primeira chance como diretor em 1945. Seus primeiros filmes eram basicamente novelas que o permitiram fazer experimentos com o estilo de direção.
A maioria dos críticos concorda que seu primeiro filme de destaque foi "Prisão", seu sexto filme e a primeira produção inteiramente de Bergman. O filme conta a história de uma prostituta que comete suicídio. Ele o produziu em 18 dias e, embora os críticos o tenham chamado de cruel, incoerente e superficial, foi um dos seus primeiros favoritos.


Sucesso
Nos anos seguintes, ele produziu, entre outros, "Um verão de amor" (1950), uma tragédia de amantes adolescentes; "Quando as mulheres esperam" (1952), sua primeira comédia de sucesso; "Noite de circo", ambientado em um circo itinerante e lançado originalmente nos Estados Unidos como "The naked night"; "Uma lição de amor" (1953), uma espirituosa comédia sobre infidelidade conjugal e, finalmente, seus sucessos, "Sorrisos de uma noite de amor" e "O sétimo selo".
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Em 1957, mesmo ano de "O sétimo selo", Bergman também dirigiu "Morangos Silvestres", seu aclamado estudo da velhice. No filme, Isak Borg (interpretado pelo diretor e ator do cinema mudo Victor Sjöström), de 78 anos, dirige pelo campo, pára na casa onde cresceu, revive a memória de seu primeiro amor e faz as pazes com seu isolamento emocional.
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"Criei uma personagem que, por fora, parecia meu pai, mas era eu mesmo, do começo ao fim", disse Bergman. "Na época eu tinha 37 anos, isolado de todas as emoções humanas".
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Bergman venceu seu segundo prêmio da Academia em 1962 com "Através de um espelho", sobre uma mulher com distúrbios mentais que acredita ser visitada por Deus. Em seguida, uma reviravolta com "Luz de inverno", que dirigiu em 1962, o segundo da trilogia do início da década de 1960, encerrada com "O silêncio".
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"Luz de inverno" retrata a solidão e vulnerabilidade do homem moderno, sem fé nem amor. Muitos dos primeiros filmes do diretor se inspiravam em uma busca aflita pela crença, escreveu Kakutani, mas "Luz de inverno", que mostra a perda da fé do próprio clérigo, sugere que as respostas devem ser encontradas no mundo material.
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Bergman contou que sua guinada filosófica ocorreu durante uma breve hospitalização. Despertando da anestesia, ele se deu conta de que já não tinha mais medo da morte e que a problemática da morte havia desaparecido de uma hora para outra. Seus filmes de aí em diante, como afirmam muitos críticos, transmitiam um tipo de humanismo em que o amor é a única esperança de salvação.


Inspiração
Alguns críticos atacaram seus filmes definindo-os como obscuros, presunçosos e insignificantes. Contudo, sempre que enfrentou algum fracasso, Bergman conseguiu reconquistar críticos e públicos rapidamente com filmes como "Persona - Quando duas mulheres pecam", no qual as personalidades de duas mulheres se rompem e se fundem, e "Gritos e sussurros", um retrato severo de três irmãs.
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Bergman muitas vezes recorria a um tipo de companhia de talentos – um grupo de atores que apareciam em muitos de seus filmes. Entre eles, von Sydow, Gunnar Bjornstrand, Ingrid Thulin, Bibi Andersson, Erland Josephson e, sobretudo, Liv Ullmann, com quem teve um longo relacionamento pessoal e com quem teve também uma filha. Durante muitos anos ele também trabalhou com o mesmo diretor de fotografia, Sven Nykvist, morto no ano passado.
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As idéias para seus filmes surgiam de diversas formas, como ele contava. "Persona - Quando duas mulheres pecam", o estudo de duas mulheres em intimidade neurótica, surgiu quando ele viu duas mulheres sentadas juntas comparando as mãos. "Pensei comigo mesmo que uma delas seria muda e a outra falaria", disse ele.
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A origem de "O silêncio", em que uma mulher à beira da morte e sua irmã estão em um país estrangeiro sem nenhum meio de comunicação, deu-se em uma visita de hospital. "Notei pela janela um homem muito velho, extremamente gordo e paralisado, sentado em uma cadeira sob uma árvore no parque", contou ele.

"Enquanto eu o observava", continuou ele, "quatro enfermeiras alegres e bem-humoradas chegaram marchando, ergueram-no, com cadeira e tudo, e o carregaram de volta para dentro do hospital. A cena de alguém sendo carregado como um boneco ficou na minha cabeça".
Outros filmes foram inspirados por ensaios, romances ou trechos de música. Em todos os casos, como ele dizia, algum acontecimento externo acionava alguma memória arraigada: todo filme foi uma projeção de alguma experiência do passado.
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"Mantive canais abertos com minha infância", contou ele a Kakutani. "Acho que deve ser assim com muitos artistas. Às vezes à noite, quando estou no limite entre o sono e a vigília, simplesmente passo pela porta da minha infância e tudo está como era, com as luzes, odores, sons e pessoas: a rua silenciosa onde minha avó morava, a agressividade repentina do mundo adulto, o terror do desconhecido e o medo da tensão entre meu pai e minha mãe".
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Bergman usou suas memórias de infância em muitos outros filmes, incluindo "Cenas de um casamento" (originalmente produzido para televisão), "Sonata de outono", "Da vida das marionetes", "A hora do lobo", "Vergonha", "Face a face" e sua versão de "A flauta mágica" de Mozart, considerado por muitos como o mais bem-sucedido filme baseado em uma ópera realizado.

Colapso nervoso
Da década de 50 até os últimos anos, Bergman manteve sua carreira de sucesso no teatro na Suécia. Durante os ensaios de "A dança da morte", de Strindberg, no Royal Dramatic Theater em Estocolmo, em 1976, Bergman foi acusado de evasão fiscal.

O incidente teve enorme repercussão e mesmo depois que as acusações foram retiradas e o governo sueco fez um pedido formal de desculpas, Bergman se exilou partindo da Suécia para a Alemanha Ocidental, onde produziu "O ovo da serpente".

Ele teve um colapso nervoso devido ao incidente e ficou internado durante algum tempo. Só retornou definitivamente ao seu país natal em meados da década de 1980.
Em 1982, Bergman anunciou que havia acabado de fazer seu último filme teatral, "Fanny e Alexander", uma análise da alta sociedade em uma cidade sueca no início do século 19 que em parte foi inspirada em sua própria infância.
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"Fazer 'Fanny e Alexander' foi um prazer tão imenso que achei que essa sensação jamais se repetiria", contou ele a Kakutani. "Vou tentar explicar: quando eu estava na universidade muitos anos atrás, nós todos estávamos apaixonados por uma menina extremamente bonita. Ela não quis ficar com nenhum de nós e nós não entendemos. Ela havia tido um caso com um príncipe do Egito e, para ela, tudo que viesse depois desse romance seria um fracasso. Então, ela recusou todas as nossas propostas. Eu diria a mesma coisa. O tempo que passei com 'Fanny e Alexander' foi tão maravilhoso que decidi que era chegada a hora de parar. Eu já tinha meu príncipe do Egito".
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"Fanny e Alexander" recebeu quatro Oscars, incluindo o de melhor filme estrangeiro em 1984. No entanto, Bergman não abandonou completamente o universo do cinema. Ele passou grande parte do tempo em Faro, uma ilha quase desabitada que os visitantes descrevem como gelada e abandonada, mas que ele considerava como o único local em que se sentia seguro, protegido e em casa. Ele dedicava as manhãs ao trabalho em peças, romances e roteiros para televisão.

Fez um filme para televisão, "Depois do ensaio" – sobre três atores trabalhando em uma produção de "O sonho", de Strindberg – lançada nos Estados Unidos. Ele escreveu "As melhores intenções", primeiramente como romance e, em seguida, em 1991 como um filme de seis horas dirigido por Billie August sobre o conturbado casamento dos pais de Bergman logo antes de ele nascer.
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Bergman contou em uma entrevista na Suécia que a iniciativa de escrever o filme mudou sua postura em relação aos seus pais. "Depois disso", disse ele, "toda e qualquer forma de reprovação, culpa, amargura ou até um vago sentimento de que eles estragaram minha vida se extinguiu para sempre de minha mente."
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"As melhores intenções" foi um dos três romances que ele escreveu nas décadas de 1980 e 90 sobre seus pais. O segundo, "Crianças de domingo", foi transformado em filme e foi dirigido por seu filho Daniel. O terceiro, "Confissões privadas", sobre sua mãe, virou um filme dirigido por Ullmann.
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Em 1997, ele dirigiu um filme feito para televisão, "Na presença de um palhaço", ambientado na década de 1920 e baseado em uma história que descobriu entre os papéis deixados por um tio que aparecia como personagem principal em "Fanny e Alexander" e "As melhores intenções" e que foi representado nos três filmes de Borje Ahlstedt.
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O fim da vida
Até os últimos anos, ele dirigia duas peças todo ano no Royal Dramatic Theater. Em maio de 1995, a Brooklyn Academy of Music (BAM), integrando um Festival de Bergman de Nova York, que incluía retrospectivas da Film Society of Lincoln Center e do Museum of Television and Radio, representou o Royal Theater em duas peças dirigidas por Bergman: "Contos de inverno", de Shakespeare, e "Madame de Sade", de Yukio Mishima.
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Ao longo dos anos, ele também foi à BAM para dirigir produções como "Longa jornada noite adentro", de Eugene O'Neill, e duas de Ibsen, "Casa de bonecas" e "Espectros". Também dirigiu óperas e escreveu diversas peças e dramas para televisão, vários romances e uma autobiografia em 1987 chamada "A lanterna mágica".
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Em 2002, Bergman, aos 84 anos, iniciou a produção de "Saraband", um filme para televisão baseado nas duas personagens principais de "Cenas de um casamento". Estreado em 2003, foi protagonizado por Ullmann no papel da mulher que decide visitar o ex-marido depois de 30 anos em sua casa de veraneio.
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A quinta esposa de Bergman, Ingrid Karlebo Bergman, morreu em 1995. Ele teve muitos filhos de seus casamentos e relacionamentos. Pode-se dizer que muitos de seus filmes revelam uma preocupação com a morte.

Contudo, essa preocupação diminuiu com o passar dos anos, como ele contava. "Quando eu era jovem, tinha um medo terrível de morrer", declarou certa vez. "Mas agora eu penso na morte de modo compreensivo. É como uma luz que se apaga. Nada que deva causar muita preocupação."
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Morre o ator francês Michel Serrault
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PARIS (Reuters) - Michel Serrault, astro da comédia "A Gaiola das Loucas", de 1978, e um dos atores mais populares da França, morreu aos 79 anos, anunciou o governo francês na segunda-feira.
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PARIS (Reuters) - Michel Serrault, astro da comédia "A Gaiola das Loucas", de 1978, e um dos atores mais populares da França, morreu aos 79 anos, anunciou o governo francês na segunda-feira.
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Sua atuação como Albin ajudou a fazer de "Gaiola das Loucas" um dos filmes franceses mais populares da história e lhe valeu um Cesar, o equivalente francês ao Oscar, em 1979.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, elogiou Serrault, dizendo que seu talento deixou sua marca sobre todos os franceses. "Ele foi um monumento no mundo do teatro popular, do cinema e da televisão", disse Sarkozy.
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"A Gaiola das Loucas" é uma farsa, mas em mais de cem outros filmes Serrault representou vários papéis mais sérios nos quais exibiu um ar de ambiguidade que podia ser ao mesmo tempo cômico e sinistro.
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Suas atuações no papel de tabelião acusado de violentar e assassinar uma garotinha em "Cidadão sob Custódia" ("Garde a vue") ou no de empresário aposentado que contrata a jovem Emmanuelle Beart para datilografar suas memórias em "Minha Secretária" ("Nelly et Monsieur Arnaud") lhe valeram prêmios Cesar.
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Sua morte se soma a uma série de perdas sofridas recentemente pelo cinema francês, após o falecimento dos veteranos atores Philippe Noiret, no ano passado, e Jean-Pierre Cassel e Jean-Claude Brialy, no início deste ano.
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Serrault vinha sofrendo de uma doença prolongada.
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