quinta-feira, 30 de agosto de 2007

HQs

.
.
Uma das coisas que marcou minha infância, foi colecionar revistas em quadrinhos.

Tinhamos o formato pequeno, o formatinho, a que chamavamos de gibi, ainda hoje é assim, mas a palavra perdeu a força.

Faziamos a troca de gibis, emprestar nunca, porque não retornariam.

Aprendi a ler aí por volta dos 4 anos, só tomava injeção se ganhasse um gibi e, como a garganta vivia incomodando, a farmacêutica sempre tinha alguns guardados... Aliás, as amigdalas incomodaram até perto dos 8 anos, e quase empacotei por conta disso... História para outro dia.

Lembro da capa de um particularmente, o Pateta com as suas orelhas amarradas como se fosse uma gravata borboleta; coisas da memória. Associo essa capa com a farmácia que eu era cliente passivo.

Alguns (des)educadores não recomendam a leitura de quadrinhos; aprendi a ler ali, a voracidade aumentou, para chegar aos livros foi um passo... Ou devemos deixar os pequenos na frente de TVs e videogames?

Ah, os gibis, não todos infelizmente, ainda estão guardados.
.
Há coisa de 15 anos atrás, enquanto eu organizava as pilhas, o Bruno com cerca de 5 anos me perguntou "pai, quando você morrer, eu posso ficar com sua coleção?".
Olhei para meu pai que ria, "esse cara tá me gorando!".
E para o Bruno, "pode".
.
.

Nenhum comentário: