quarta-feira, 26 de setembro de 2007

O sapo sumiu

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TÓQUIO (Reuters) - Cientistas japoneses desenvolveram sapos transparentes, cujos órgãos internos são visíveis através da pele, para permitir que pesquisadores estudem, por exemplo, como o câncer se desenvolve em determinada parte do corpo.

Masayuki Sumida, responsável pelo projeto no Instituto de Biologia Anfíbia da Universidade de Hiroshima, disse que esse tipo de realização científica é inédita. "No passado, não houve qualquer registro de animais quadrúpedes transparentes", afirmou ele à Reuters.

Os animais nasceram a partir de sapos marrons comuns no Japão, recolhidos em caçadas pelo país.

Uma vez que os anfíbios não forem dissecados, eles poderão continuar sendo usados para a observação de mudanças em mecanismos corporais ou o efeito de determinados produtos químicos.

"Já que os sapos continuam transparentes do nascimento à idade adulta, os órgãos do mesmo sapo podem ser minuciosamente estudados", disse Sumida. "Isso é simples e barato ao estudar, por exemplo, como certas substâncias químicas influenciam os ossos."

Ao acoplar uma proteína fluorescente verde a um trecho do DNA e injetá-la no sapo, os pesquisadores podem detectar externamente diferentes genes conforme cresçam as áreas afetadas no sapo.

Os cientistas pretendem patentear os anfíbios transparentes, mas ainda não aperfeiçoaram o processo.

Só um dos 16 sapos criados em laboratório é transparente. Os cientistas não conseguiram transferir a transparência para uma segunda geração.

"Seus ovos se desenvolvem mal, então é difícil mantê-los por muitas gerações", disse Sumida.
(Por Yoko Kubota)
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Sabem do que mais eu gostei?

Do nome da pesquisadora.
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2 comentários:

Anônimo disse...

"Seus ovos se desenvolvem mal, então é difícil mantê-los por muitas gerações".

Sugiro à Dra. Sumida que injete nos sapos o DNA de algum político brasileiro. Garanto que os sapos se desenvolveram muito bem e se manteram por várias gerações.

...vc reparou no sobrenome da repórter?

Guardião disse...

Cáspita.

Era a respeito do sobrenome que eu fiz o comentário.

Nada melhor para lidar com sapos translúcidos que ter uma pesquisadora "Sumida".