quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Tigers

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SYDNEY (Reuters) - Apesar das suas presas sobressalentes, o tigre dente-de-sabre, extinto desde a Era do Gelo, tinha mais a ver com um gatinho de estimação do que com um grande predador, segundo cientistas australianos que estudaram a força da sua mordida e suas habilidades como caçador.

Embora a maioria das pessoas imagine que o dente-de-sabre seria tão assassino quanto o tiranossauro, na realidade os leões contemporâneos são bem mais fortes, segundo o estudo da Universidade de Nova Gales do Sul.

Comparando o crânio das duas espécies, os cientistas concluíram que a mordida do tigre pré-histórico tinha só um terço da força da dos leões.

"Por toda a reputação que tinha, o Smilodon tinha uma mordida bem molenga", disse o paleontólogo Steve Wroe em nota. Smilodon é o nome do extinto gênero ao qual pertenciam os dentes-de-sabre. "Ele era meio que um bichano."
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Bichano??? Eita.

Cientistas de Nova Gales do Sul e da Universidade de Newcastle (Grã-Bretanha) usaram uma simulação de computador, chamada "análise de elemento finito", para testar a força da mandíbula e a mecânica de alimentação do tigre dente-de-sabre, que caçava animais como bisões gigantes, cavalos e talvez mamutes e mastodontes.
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E era um bichano? Ve lá se algum leão enfrenta um elefante...

A análise normalmente é usada para o estudo de acidentes de trânsito. Mas permitiu que os cientistas montassem uma imagem tridimensional do crânio do Smilodon para entender sua força.

A conclusão foi de que esse crânio, na maioria das situações, era muito menos adequado que o dos leões.

Isso, segundo os cientistas, limitava seriamente as presas daquele felino a uma gama muito específica de técnicas predatórias. Mesmo assim, o animal era um exímio caçador.
"O Smilodon era um bicho incrível, e o que lhe faltava de força ele mais do que compensava em outras coisas", disse Wroe.

No caso, com seu corpo imensamente forte, perfeito para lutar no solo com uma presa grande, antes de tentar infligir a mordida assassina.

"A morte era provavelmente [com uma mordida] aplicada na garganta da presa, porque é mais fácil conter a presa dessa forma. Uma vez que a mordida estava dada, a presa morreria quase instantaneamente", disse Colin McHenry, da Universidade de Newcastle.

A pesquisa foi publicada nesta semana na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

(Por Michael Perry)
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Quer dizer que estavam mais para "gato da Manoela" que para tigres?
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