Do blog antigo:
Eu fui estagiário lá... Eu me achava tão bom. Quer dizer que aquilo não era balinha?
Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/default.asp?a=88&periodo=200701
A pílula azulzinha na berlinda
É um dos remédios mais vendidos do mundo. No seu rastro, logo surgiram concorrentes. Espertalhões fizeram "genéricos" que na verdade são placebos. Tem até um made in Paraguay... A pílula azulzinha virou fenômeno mundial, um ícone da cultura pop e consumista. Mas um grande grupo americano não está nada satisfeito com esse tal de Viagra. A Aids Healthcare Foundation (AHF) acionou o fabricante do comprimido contra a impotência - a gigante Pfizer - na Justiça. A organização sem fins lucrativos acusa a indústria de promover ilegalmente o uso recreativo do Viagra.
"A Pfizer criou e contribuiu para a percepção do Viagra como uma droga segura, sexy, recreativa e que dá um estilo de vida, a ser usada independentemente do grau ou mesmo da existência de disfunção erétil", disse o grupo em nota.
Para a AHF, o uso indiscriminado de Viagra leva ao aumento do número de casos de Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis. A Pfizer diz que o assunto é tratado de forma explícita na exposição do produto: o Viagra não protege contra a Aids.
Em 2004, autoridades americanas já proibiram um comercial de TV do Viagra que pregava que, com a pílula azul, os "dias selvagens" da juventude estariam de volta. O que acontece, diz o AHF, é que mesmo homens que não enfrentam o problema da impotência estava buscando a tal selvageria da mocidade. Para a fundação, a Pfizer faz os consumidores verem o Viagra como um "remédio para festa".
Mas a Pfizer não abre mão de jogar pesado em publicidade. No ano passado, a companhia anunciou antes do jogo do Super Bowl, o horário mais caro da TV americana, incentivando os americanos a se tornarem "o jogador mais valioso" (ou, no ingês, o MVP)e perguntarem aos seus médicos sobre o medicamento.
A venda do Viagra em 2005 chegou a US$ 1,6 bilhão em todo o mundo. Já a AHF cuida de dezenas de milhares de pessoas contaminadas pelo HIV e que não tem condições de arcar com o caro tratamento. A organização, que atua nos EUA, na África, na América Latina, no Caribe e na Ásia, quer que parte dos lucros da Pfizer vá para os doentes que tenham se contaminado pelo "mau uso" do Viagra.
Sem querer defender a Pfizer, mas já defendendo. Remédio é remédio e tem que ser encarado como tal. Ainda mais dessa categoria que vai mexer com todo o seu metabolismo. Quem me conhece sabe o quanto eu evito remédios...
Quanto as doenças sexualmente transmissíveis, talvez a Pfizer devesse fazer um acordo com a Johnson...
"Pfizer-Jonhson adverte, as camisinhas que acompanham as pílulas NÃO deverão serem tomadas e SIM, colocadas, veja instruções na bula."
Na entrada da Pfizer havia um mural que dizia (salvo erro): "Ciência para o bem estar da humanidade".
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Eu fui estagiário lá... Eu me achava tão bom. Quer dizer que aquilo não era balinha?
Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/default.asp?a=88&periodo=200701
A pílula azulzinha na berlinda
É um dos remédios mais vendidos do mundo. No seu rastro, logo surgiram concorrentes. Espertalhões fizeram "genéricos" que na verdade são placebos. Tem até um made in Paraguay... A pílula azulzinha virou fenômeno mundial, um ícone da cultura pop e consumista. Mas um grande grupo americano não está nada satisfeito com esse tal de Viagra. A Aids Healthcare Foundation (AHF) acionou o fabricante do comprimido contra a impotência - a gigante Pfizer - na Justiça. A organização sem fins lucrativos acusa a indústria de promover ilegalmente o uso recreativo do Viagra.
"A Pfizer criou e contribuiu para a percepção do Viagra como uma droga segura, sexy, recreativa e que dá um estilo de vida, a ser usada independentemente do grau ou mesmo da existência de disfunção erétil", disse o grupo em nota.
Para a AHF, o uso indiscriminado de Viagra leva ao aumento do número de casos de Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis. A Pfizer diz que o assunto é tratado de forma explícita na exposição do produto: o Viagra não protege contra a Aids.
Em 2004, autoridades americanas já proibiram um comercial de TV do Viagra que pregava que, com a pílula azul, os "dias selvagens" da juventude estariam de volta. O que acontece, diz o AHF, é que mesmo homens que não enfrentam o problema da impotência estava buscando a tal selvageria da mocidade. Para a fundação, a Pfizer faz os consumidores verem o Viagra como um "remédio para festa".
Mas a Pfizer não abre mão de jogar pesado em publicidade. No ano passado, a companhia anunciou antes do jogo do Super Bowl, o horário mais caro da TV americana, incentivando os americanos a se tornarem "o jogador mais valioso" (ou, no ingês, o MVP)e perguntarem aos seus médicos sobre o medicamento.
A venda do Viagra em 2005 chegou a US$ 1,6 bilhão em todo o mundo. Já a AHF cuida de dezenas de milhares de pessoas contaminadas pelo HIV e que não tem condições de arcar com o caro tratamento. A organização, que atua nos EUA, na África, na América Latina, no Caribe e na Ásia, quer que parte dos lucros da Pfizer vá para os doentes que tenham se contaminado pelo "mau uso" do Viagra.
Sem querer defender a Pfizer, mas já defendendo. Remédio é remédio e tem que ser encarado como tal. Ainda mais dessa categoria que vai mexer com todo o seu metabolismo. Quem me conhece sabe o quanto eu evito remédios...
Quanto as doenças sexualmente transmissíveis, talvez a Pfizer devesse fazer um acordo com a Johnson...
"Pfizer-Jonhson adverte, as camisinhas que acompanham as pílulas NÃO deverão serem tomadas e SIM, colocadas, veja instruções na bula."
Na entrada da Pfizer havia um mural que dizia (salvo erro): "Ciência para o bem estar da humanidade".
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