quarta-feira, 26 de março de 2008

Alçando voo.

Alguns acontecimentos corriqueiros do dia a dia nos posicionam perante a vida.

Hoje me aconteceu algo que há muito não ocorria. Tomei um tombo. Vejam que coisa maravilhosa. Desses que começam bestamente e sem mais nem menos se é lançado para a frente, correndo como se quisesse alcançar e pegar uma galinha arisca em um terreiro.

Em um instante fui de encontro há: o chão, disciplinas de física, estatística, química, biologia, e com memórias de infância e adolescência.

E instante é algo vago. O tempo foi suficiente para eu saber o que estava acontecendo, e premeditar o resultado final antes que eu conseguisse chegar ao destino, mas não o suficiente para conseguir amenizar o resultado final. A velocidade de pensamento é incrível, um misto de "isto não deveria estar acontecendo, p#$%@@ eu não tenho mais quatro anos, cadê minha coordenação motora? e PQP vou me f...".

Deu para provar a Lei da Gravidade, o teorema de que dois corpos não podem ocupar a mesma posição no espaço ao mesmo tempo, atrito entre duas superfícies, as reações resultantes quando diferentes substâncias são colocadas em contato, catalisadores, estudo de probabilidades e que meu sangue ainda é vermelho.

O resultado final foi ter ficado com o mesmo aspecto de quando eu tinha meus quatro anos e os joelhos e mãos esfolados. Em uma inspeção mais detalhada: mãos esfoladas, joelho esquerdo idem, dedos anular e médio da mão esquerda inchados e com pouca mobilidade, braço esquerdo levemente ralado, ombro esquerdo dolorido (estava com ciúmes do direito por estar doendo há algum tempo). E eu catando milho no teclado...

Como no passado, não chorei, mas o jorro de palavrões foi razoável, parte pela dor, parte pelo stress dos últimos dias (meio fresco esse papo).

Como dizia minha avó: "para morrer, basta estar vivo".

2 comentários:

Lilica Mora Aqui disse...

Uia, tadinho!
hahaha
Desculpe-me não consigo imaginar alguém caindo e não rir.
Beijo para sarar.

Guardião disse...

Marvada...