sábado, 12 de abril de 2008

Radicalismo é para quem aguenta.

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Eu trabalhei em certa ocasião com um árabe, ficávamos no mesmo andar, mas éramos de setores diferentes.

Isso foi por volta de 1985. O pessoal saia para almoçar, e ele algumas vezes ia conosco.

Durante o periodo do Ramadã, ficava estressado e chato, orava em uma das pequenas despensas do andar. Certa vez sumiram com o tapete que usava nessas ocasiões. O sujeito queria matar um. Era radical.

Saimos para almoçar em um Sábado, ele um colega e eu. E o fdp resolveu falar de religião, falar tudo bem, discutir as diferenças, não. Mas a coisa começou a ficar quente; em certo momento ele me atacou com um "seu religion não ser um bom religion, ter muitos livros". P@$$#, eu ali tentando contornar a situação e o cara insistindo. Nessa época eu era mais boca dura, do jeito que vinha voltava:

"Como você pode falar mal de minha religião se nem sabe qual é?"

"É verdade, e qual ser seu religion?"

"Eu sou espírita!"

"Isso não ser religion".

Ficou uns seis meses sem falar comigo. A vingança é doce.

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