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Lá por 88 ou 89 - século passado, faz tempo, sim - eu estudava na Vila Leopoldina, alguns colegas moravam longe, como eu, andávamos um bocado até chegar ao ponto de ônibus. Adolescentes em grupo é o mesmo que palhaços no circo.
Andávamos até a avenida que dá acesso para a Lapa à direita e/ou para a Via Anhanguera á esquerda, ali nos dividiamos. Nesse ponto, cruzavamos essa via expressa, mas o lugar era perigoso e requeria atenção; considerando quem vinha da Anhanguera para a Lapa, a via era uma curva em subida para a esquerda - compliquei tudo - mas resumindo, os carros passavam muito velozes.
Certo dia, paramos porque percebemos dois carros vindo na subida muito rápidos, mas um sujeito, que não era da nossa turma, irrompeu dentre nós e atravessou correndo, ele achou que daria para passar antes dos dois carros. Não deu.
Um carro abriu para ultrapassar o outro, e o sujeito quando viu a besteira que fez, estacou, acredito que devido ao medo. Foi a sua sorte, os carros passaram por ele, um de cada lado. Ele ficou ali congelado, e nós não conseguimos desgrudar os olhos da cena, caimos em um riso nervoso. O sujeito que era negro, ficou branco, atravessou os últimos metros, subiu na calçada da ilha abraçou o poste e ali ficou. Nasceu novamente.
Na verdade, todos tivemos muita sorte, se um dos dois carros tivesse desviado mais que o suficiente poderia ter feito um strike jogando garotos para todo lado.
Atravessamos a via expressa, passamos por ele, perguntamos se estava tudo bem, e ele só conseguiu fazer que sim balançando a cabeça.
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Lá por 88 ou 89 - século passado, faz tempo, sim - eu estudava na Vila Leopoldina, alguns colegas moravam longe, como eu, andávamos um bocado até chegar ao ponto de ônibus. Adolescentes em grupo é o mesmo que palhaços no circo.
Andávamos até a avenida que dá acesso para a Lapa à direita e/ou para a Via Anhanguera á esquerda, ali nos dividiamos. Nesse ponto, cruzavamos essa via expressa, mas o lugar era perigoso e requeria atenção; considerando quem vinha da Anhanguera para a Lapa, a via era uma curva em subida para a esquerda - compliquei tudo - mas resumindo, os carros passavam muito velozes.
Certo dia, paramos porque percebemos dois carros vindo na subida muito rápidos, mas um sujeito, que não era da nossa turma, irrompeu dentre nós e atravessou correndo, ele achou que daria para passar antes dos dois carros. Não deu.
Um carro abriu para ultrapassar o outro, e o sujeito quando viu a besteira que fez, estacou, acredito que devido ao medo. Foi a sua sorte, os carros passaram por ele, um de cada lado. Ele ficou ali congelado, e nós não conseguimos desgrudar os olhos da cena, caimos em um riso nervoso. O sujeito que era negro, ficou branco, atravessou os últimos metros, subiu na calçada da ilha abraçou o poste e ali ficou. Nasceu novamente.
Na verdade, todos tivemos muita sorte, se um dos dois carros tivesse desviado mais que o suficiente poderia ter feito um strike jogando garotos para todo lado.
Atravessamos a via expressa, passamos por ele, perguntamos se estava tudo bem, e ele só conseguiu fazer que sim balançando a cabeça.
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2 comentários:
Hoje tem um semáforo que ajuda a travessia, mais acima colocaram um radar móvel que verifica a velocidade e fotografa os infratores. Lembrei de outras histórias desse lugar. beijos Be.
Nossa... Sabe que seu post deu sentido para um negócio que me falaram? Um amigo disse uma vez que, em caso de dúvidas na travessia da rua, o melhor é ficar parado. Porque assim os motoristas decidem o que fazer. Ele disse que muitos atropelamentos acontecem justamente porque o pedestre fica desesperado e se movimenta coincidentemente para onde o motorista resolveu desviar. Sem saber este cara fez a coisa certa (pelo que me disseram... Não sei se é verdade, mas agora parece que sim) :/
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