Memorias

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Hoje completei um ano por aqui. Um ano é pouco? Muito?
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Parece que o tempo é cada vez mais relativo, mas a impressão que tenho, e acho que não sou somente eu que penso assim, é que ele está escoando cada vez mais rapidamente.
Semana passada falei com meu amigo Carlos, ele ainda está nos States. Quando comentei que nesta semana estaria completando um ano aqui, ele se surpreendeu.
Quando vemos, o dia acabou, a hora de dormir foi perdida, o mês já não é o mesmo, hora de dar presentes novamente porque é época de Natal, o ano se foi.
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Mas vamos colecionando momentos ao longo desse tempo que nos escapa.
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Hoje fui em um almoço na casa de minha tia mais velha, no momento é a mais velha, oitenta anos.
Reuniões assim sempre rendem boas risadas, algumas fotos que, se não são um primor em qualidade, guardam boas lembranças.
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Com a chuva, na hora do almoço, faltou luz. Nada que atrapalhasse o apetite do meu pessoal e as piadas em conjunto.
Antes de começar, você acha que a quantidade de comida é muita, depois que o almoço termina, você fica com a certeza de que era muita. Mas ainda tem a sobremesa. Refrigerantes diet, porque um ou outro tem diabetes, principalmente a aniversariante.
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Ouve coisas do tipo:
"não tia, esta não é minha primeira cerveja, levantei tão cedo que a primeira foi as 9:10"
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ou quando meu tio, 84, entregou o prato já vazio que ele estava usando para minha prima e ela o colocou sobre a pia:
"você não vai colocar mais comida para mim?"
"achei que o senhor já havia acabado, o que vai querer?"
"pode colocar de tudo..."
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Não foi fazendo dieta que ele chegou na idade que tem. E é magro, pode isso?
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Ainda tinha a turma do "o médico também pergunta a você se você bebe?"
"pergunta, e eu digo que somente socialmente, só não conto que todo dia saio para almoçar com clientes"
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Coisas desse tipo, que fazem com que nosso tempo valha a pena.
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