Antas motorizadas

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Uma hora para fazer um trecho que não levaria mais que vinte minutos. Saio de casa cada vez mais cedo, mas a coisa não melhora...
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Aí vem a constatação de que a fauna motorizada é meio restrita, se for feita uma seleção talvez sobrem o "gado e as antas".
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O gado é gado e anda somente em uma direção, já as antas... Também andam na mesma direção mas inovando.
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Trecho da Rodovia Anhanguera, um bando delas andando pelo acostamento. Mais um bando que passa zunindo em duas rodas pelo corredor formado. Passam a uma velocidade que seria excessiva mesmo que não houvessem outros veículos, mas eles existem e estão parados ou quase. A largura do corredor não importa, a sinuosidade do corredor não importa, a condição do solo não importa e as leis da Física tampouco.
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Trecho sobre a ponte da Anhanguera, olho pelo retrovisor e o que vejo? O sujeito atrás do meu carro estava se barbeando enquanto dirigia. Em um primeiro instante eu pensei que era um celular, mas ele usava o espelho retrovisor para saber se a barba estava bem feita.
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Ontem no mesmo local uma discussão entre dois sujeitos, pararam pouco depois no meio da via e ficaram discutindo sem descer do carro, atrapalhando. O mais afoito tinha a frase "Deus é fiel" no vidro traseiro do carro.
Mas deviam ser velhos conhecidos, pelo que ouvi as mães haviam trabalhado juntas na mesma casa...
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Na rua Clelia, enquanto dirigia na faixa da esquerda, um carro logo a frente liga o pisca e entra em um predio lentamente, o carro logo a minha frente freia meio forte eu também mas sem perigo. Olhei pelo retrovisor e o carro que vinha atrás estava a uma boa distância. Na sequência, ouvi o ruido de pneus sendo arrastados, era o sujeito que estava distante perdendo o controle e vindo em minha direção... Só não bateu porque voltamos a acelerar... Ele tinha uma distância considerável, mas talvez sua atenção também estivesse distante.
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Tem mais, mas é muito para tão pouca distância percorrida.
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O que acontece com esse povo?
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