terça-feira, 19 de abril de 2016

A vida se escancara para o cotidiano (!)


A impressão que tenho é de que estão tirando as chaves do galinheiro das mãos do gato do mato e entregando para a raposa.

Espero estar errado. E já passamos da fase de intuição, não é mesmo?


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Muito cuidado nessa hora


Cuidado com o que virá daqui para a frente... Quer exemplos?

"Vamos dar um não à desordem, à bagunça, à baderna, à bandeira vermelha. Vamos dar um sim à bandeira do Brasil, verde, amarela, azul e branca."

Fernando Collor de Mello Referindo-se a Lula, no último debate dos presidenciáveis antes do segundo turno, em 14 de dezembro de 1989.



sábado, 9 de abril de 2016

Pra que dinheiro?


A impressão que tenho é que somente eu não vou aparecer em alguma lista de fortunas no exterior. 

Mas se acontecer, diferente do que tem ocorrido onde todos negam que são donos das contas, eu irei assumir perante o fisco. Vou negociar a multa, solicitar o japonês da Federal para escolta e buscar o dinheiro em cash.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Café com leite


Ouvindo o relator do impeachment da presidente lembrei de quando éramos crianças.

Quando não sabíamos as regras de alguns jogos ou brincadeiras, os mais "velhos e experientes" nos rotulavam de "café-com-leite", assim podíamos participar das brincadeiras sem sofrer as retaliações dos demais.

Hoje basta dizer "eu sou dentista". Deve ser alguma gíria destes novos tempos. (!)

Na sequência, parte da conversa com a jornalista:

Fantástico: Esse processo justamente por essa complexidade não está indo rápido demais?
Relator da Comissão de Impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO): “Não, porque é o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal. E já tivemos uma experiência dessas e, no Direito, aí na questão jurídica, se usa muito a questão do que já aconteceu, ou seja a jurisprudência, chamada. Eu sou dentista, então tenho um pouco de dificuldade em falar sobre questões jurídicas”.

 

terça-feira, 5 de abril de 2016

Fruta


Lembrei de uma aula de história ocorrida pouco mais de 40 anos atrás.

A professora de nome Patricia, uma moça de seus 20 e poucos anos, miúda e com jeito de patricinha; gíria que não se usava na época e não se usa mais hoje, mas irresistível como piada quando se tem um nome desses.

Nós éramos uma turma por volta de 13/14 anos de idade, totalmente ignorantes em relação ao mundo, até mesmo ao que acontecia na esquina. Não havia internet, não havia Google, Bing e Facebook; se houvesse, seríamos como hoje, ignorantes e sem opinião, porém com acesso à informação.

A aula era sobre a Grécia, e tome-lhe o significado de "ágora", cidades-estado, as diferenças entre Atenas e Esparta, e para explicar melhor um conceito ela contou uma historieta.
 
Mais ou menos assim:
Um sujeito andando pela rua, é abordado por um grupo que o questiona: você é a favor ou contra o governo? 
Ele responde que a favor, e leva uma surra por conta da resposta.
Continua andando, fazendo um levantamento dos machucados e escoriações, e encontra um segundo grupo, que lhe faz a mesma pergunta.
Ele responde que é contra, e leva uma surra por conta da resposta.
Todo machucado e dolorido, não sabendo nem mesmo onde não doía, se depara com um terceiro grupo que vem na sua direção. Ele corre e consegue subir em uma árvore.
O grupo chega na árvore e o questionam: o que você está fazendo aí e você é a favor ou contra o governo?
Eu sou uma fruta, e frutas não são nem a favor e nem contra...

A historieta era para ilustrar o que era democracia, ou de como deveria ser uma democracia. Em uma democracia, o sujeito poderia até ser uma fruta, mas se fosse a favor ou contra, não deveria apanhar por ter uma opinião contrária a quem lhe questionava.

A historieta ficou guardada; para um bando teen, obtusos e ignorantes que éramos, em plena ditadura dos anos 70, a lição foi interessante.

Que bom que estamos em um novo século, novo milênio, onde não somos mais aqueles moleques ignorantes pressionados por uma ditadura militar, onde o livre pensar é respeitado por nossos semelhantes. (!)

Grande Patrícia, devíamos ter ouvido melhor as sua aulas.