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Lá pelo ano de 1982, eu estava a caça de um estágio.
Fiz uma inscrição no CIEE e ao mesmo tempo xeretava pelas empresas a procura do famigerado estágio obrigatório...
O CIEE me chamou para uma entrevista... Horário marcado, etc.
Fiz a besteira de pegar aquele subidão do lado direito do estádio do Palestra... A ideia era descer a Consolação. Parou. Parou mesmo, há poucos metros para entrar na outra avenida e o semáforo não abria.
Eu vi dois garotos conversando alegremente com um adulto, o sujeito fez sinal para os meninos oferecerem as balas e chicletes que estavam vendendo...
O garoto veio até o meu carro, e no caminho sua feição mudou, chegou na janela e "tio, compra um chiclete..."
Eu já estava atarantado com o possível atraso e aquele teatro me deixou mais p... ainda.
Mas educadamente respondi "não, hoje não".
"Ah compra, vai?"
"Não, hoje não".
"Eu tenho troco, posso trocar até $100" (não me perguntem qual era a moeda na época, mas $100 de qualquer unidade monetária era muito dinheiro para esperar troco por alguns cicletes).
"$100? Você troca $100?" Me emputeci de vez com aquela conversa. "Não tenho dinheiro".
"Não tem?" O pequeno monstro retornou ao que era e saiu da minha janela. "Então tá".
E eu aflito com a m... do semáforo que não abria, tomei um susto quando o safado voltou repentinamente e disse "POBRE" e saiu correndo.
E a m... do semáforo abriu, minha vontade era de largar o carro ali mesmo e descer correndo atrás do peste.
É só comigo que acontecem essas coisas?
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Lá pelo ano de 1982, eu estava a caça de um estágio.
Fiz uma inscrição no CIEE e ao mesmo tempo xeretava pelas empresas a procura do famigerado estágio obrigatório...
O CIEE me chamou para uma entrevista... Horário marcado, etc.
Fiz a besteira de pegar aquele subidão do lado direito do estádio do Palestra... A ideia era descer a Consolação. Parou. Parou mesmo, há poucos metros para entrar na outra avenida e o semáforo não abria.
Eu vi dois garotos conversando alegremente com um adulto, o sujeito fez sinal para os meninos oferecerem as balas e chicletes que estavam vendendo...
O garoto veio até o meu carro, e no caminho sua feição mudou, chegou na janela e "tio, compra um chiclete..."
Eu já estava atarantado com o possível atraso e aquele teatro me deixou mais p... ainda.
Mas educadamente respondi "não, hoje não".
"Ah compra, vai?"
"Não, hoje não".
"Eu tenho troco, posso trocar até $100" (não me perguntem qual era a moeda na época, mas $100 de qualquer unidade monetária era muito dinheiro para esperar troco por alguns cicletes).
"$100? Você troca $100?" Me emputeci de vez com aquela conversa. "Não tenho dinheiro".
"Não tem?" O pequeno monstro retornou ao que era e saiu da minha janela. "Então tá".
E eu aflito com a m... do semáforo que não abria, tomei um susto quando o safado voltou repentinamente e disse "POBRE" e saiu correndo.
E a m... do semáforo abriu, minha vontade era de largar o carro ali mesmo e descer correndo atrás do peste.
É só comigo que acontecem essas coisas?
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2 comentários:
Numa fase de minha vida fiquei com um carro por muitos anos..
Mas, cuidadosa que sou, o carro estava inteiraço/novinho..
Um dia no farol da Faria Lima com Rebouças, um conhecido garotinho que ali cresceu com sua irmazinha, puxou papo perguntando qual o ano do meu carro..
Qdo respondi ele disse com o maior orgulho... que meu carro era muuuito mais velho que o de seu pai..
Obviamente nem ousou oferecer balinhas! rsss
Beijo
Lucila
Eu parei de dar dinheiro ou "ajudar" em semáforos há muito tempo atrás.
Certa vez eu parei em um, e duas crianças estavam contando dinheiro no chão...
Elas tinham muito mais do que eu tive naquela semana...
Dar dinheiro a esse pessoal não os ajuda a mudarem de vida.
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