quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O cobertor

.
.
Havia terminado de ler "O cemitério" de Stephen King.

A história de O Cemitério, baseava-se na volta de pessoas e animais que retornavam após serem enterrados em um cemitério indígena; retornavam, mas nem sempre com o mesmo espírito.

King tem a mania de colocar crianças e adolescentes em suas histórias. Nesta, havia um garotinho de 2 anos de idade... Crianças em histórias de terror...

Vou estragar a história para quem ainda não a leu, o corpo do garoto retorna do cemitério com um espírito maligno, e após uma série de momentos trágicos, o pai que era médico, injeta uma solução que o mata, mas o verdadeiro espírito do garoto retorna instantes antes do corpo morrer e chama pelo pai. Terrível. Aquilo me incomodou, mais por ter minha filha muito pequena.



Era época de Inverno, e escuro pelas manhãs. Estava no fundo da casa e ouvi barulho vindo da frente, pensei no carro, minha garagem era aberta. Apaguei as luzes e fui dar uma olhada no que era.

Ao entrar na sala, minha filha estava lá: "pai, você viu meu cobertorzinho?".

Eu esperava tudo menos isso, demorei uma eternidade para descer da estante.

Exageros a parte, o susto foi grande, e eu precisei me encostar na estante. Só consegui responder: "não, não vi. Vamos, te levo para a cama".




Por que crianças cismam com essas coisas? Cobertores, fraldas, chupetas?

Eu poderia ter acabado nas páginas do extinto Notícias Populares: "Pai morre por causa de cobertor da filha".

Eu poderia escrever um livro: "O cobertorzinho assassino (e encardido)" ou "Minha escalada literária (na estante)" ou "Coração na boca" ou ainda "Entre para o mundo selvagem, tenha filhos". Esta última é piada antiga.




Tenho uma amiga que só largou a chupeta depois de começar a namorar...

.
.

Nenhum comentário: