Está difícil continuar comprando revistas no Brasil.
Vejam este caso: a revista tem 92 páginas; 16 páginas de página inteira com propagandas diversas, 12 páginas de página inteira da PETROBRAS, 18 páginas de um "especial Educação" do governo do Estado de São Paulo. É só abrir a revista e contar.
Quarenta e seis páginas em noventa e duas são exatamente 50% da revista sendo apresentada em propaganda.
Propaganda paga. Publicidade, E eu paguei por isso...
Comprei uma revista especializada, queria informações pertinentes ao setor. Não interessam 12 páginas da PB para dizer que sua gasolina é a melhor - meia página seria o suficiente - ou as 18 páginas bancadas pelo governo do estado, neste caso poderiam colocar a informação que os professores devem estar odiando em qualquer jornal de circulação diária.
No Sábado passado foi o mesmo com uma revista de motocicletas, 46 páginas em 100. Compro a revista há 38 anos e vou parar. Não somente pela publicidade paga, está parecendo revista voltada a pré adolescentes. Cansei.
E não é somente no setor automotivo. Boa parte das publicações está assim, mínimo de informações, mínimo de opiniões inteligentes, máximo de publicidade e mesmice.
E dizem que os livros são caros no Brasil. Vou continuar com os livros, ao menos posso xingar o autor, o editor e alguns colaboradores.
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